Nos dias atuais, temos presenciado um movimento nas igrejas cristã focando a estratégia de grupos pequenos, também denominados células, grupos domésticos, etc. Será que esta estratégia é Bíblica? Vejamos então alguns fundamentos:

    Um importante fundamento é a própria revelação da natureza de Deus: Pai, Filho e Espírito Santo. (Gn 1:2, 1:26; Jo 1:2; Mt 28:19; II Cor 13:13; I Pe 1:2). A comunhão da Trindade é o maior testemunho sobre um grupo pequeno.

    Outro fundamento é encontrado no Antigo Testamento, quando Moisés, aconselhado por Jetro, seu sogro, resolveu o problema do julgamento das causas do povo. Ele dividiu o povo hebreu em grupos pequenos, de forma hierárquica: Chefes de mil, de cem, de cinqüenta e de dez. (Êx 18:13-27).    

    No Novo Testamento observamos que o Senhor Jesus, ao iniciar o seu ministério, escolheu doze para serem os seus discípulos (Mc 3:13-14). Os doze foram chamados individualmente por Jesus. Ele optou em escolher pessoas simples e marginalizadas pela sociedade para formar o seu grupo pequeno. É relevante observarmos que Jesus iniciou sua estratégia de levar o Evangelho ao mundo todo contando com apenas 12 homens.

    No livro de Atos encontramos o relado da vida dos primeiros cristãos, que era marcada pela comunhão intensa e diária, tanto no templo como nas casas (At 2:42s). Esse registro histórico nos faz entender que a prática da reunião em pequenos grupos estava presente na igreja primitiva. Com o martírio de Estevão, os cristãos deixaram de se reunir no templo, fato que encerraria o crescimento da igreja cristã se a sua estrutura fosse condicionada ao templo ou edifício. No entanto, o que constatamos no Novo Testamento é que a igreja cristã se espalhou por todo o mundo conhecido na época, isso sem possuir um edifício próprio ou templo. A igreja cresceu e se espalhou nos primeiros séculos se reunindo nas casas, em grupos pequenos. 

 

    Continuaremos falando sobre o assunto na próxima semana     

    Pr. Denis S. L. Gomes