A comunicação é um ato natural do ser humano. Nós aprendemos a nos comunicar desde quando nascemos, com o choro, depois com as primeiras falas. Porém, não é sempre que conseguimos nos fazer entender. Isso porque comunicar algo supõe a interação com pelo menos uma pessoa. 

"É uma via de mão dupla, ao mesmo tempo em que eu emito minha mensagem, estou influenciando a mensagem que meu interlocutor vai emitir a seguir. Por exemplo, se eu peço algo a um amigo gritando e esbravejando, grandes são as chances dele me responder da mesma maneira", explica o professor Lucas Rezende, do Instituto de Neurolinguística Aplicada, de São Paulo. 

Algumas pessoas têm mais facilidade para cair nos chamados "erros" da comunicação. Existem alguns fatores determinantes para isso. Alguns deles são a insegurança, a paciência ou disposição ao falar ou ao ouvir, que podem mudar completamente a maneira como a sua mensagem é recebida pelo seu interlocutor. Assim, é importante lembrar que comunicação não é só fala.  

Uma pesquisa norte-americana feita nos anos 80 pelo pesquisador Albert Mehrabian, pioneiro nos estudos da linguagem corporal, revelou que cerca de 55% do impacto na comunicação está relacionado ao não-verbal do emissor, ou seja, como ele gesticula ou utiliza seu corpo (a aparência); 38% está ligado ao tom de voz do emissor (dicção, ritmo, ênfase nas pronúncias), e apenas 7% do impacto é referido às palavras propriamente utilizadas. 

"Na maioria das vezes, os famosos "mal entendidos" na comunicação são decorrentes de pura falta de atenção por parte de quem está comunicando. O "Como" a comunicação é estabelecida tem muito mais impacto do que "O que" é transmitido nesta comunicação", comenta Lucas Rezende.

Fonte: Site www.minhavida.com.br - Sugestão Júlio Cesar, por e-mail