
O GRANDE TEMPLO
21/01/2011 09:14
“ Embora tenha passado pouco mais de nove anos, nosso templo há muito já se tornou pequeno, realmente insuficiente, para atender às necessidades da igreja. Quantas vezes temos sofrido com a crise de falta de espaço. Por isso, há muito já se impõe à igreja a necessidade da urgência da construção de seu quinto templo". Custou, mas enfim, chegou o aspirado dia 22 de Novembro de 1970. A maior e mais importante festa religiosa para a 1ª Igreja presbiteriana Independente de Assis. O programa teve início às nove horas da manhã, quando houve a despedida do velho e saudoso templo construído sob o pastorado do Rev. Azor Etz Rodrigues e inaugurado em três de julho de 1949. A Escola Dominical transformou-se num culto de despedida. O templo literalmente lotado. Crentes, adultos e crianças, visitantes da cidade e de cidades vizinhas, comprimidos, prestavam o seu último adeus ao velho templo, que nos abrigara tantas vezes, e onde muitas lágrimas, derramamento de poder, decisões, conversões, reconsagrações, abandono de vícios, batismos de menores e adultos, profissões de fé, casamentos, cerimônias diversas, tiveram a oportunidade de ali serem realizadas. Muitos choravam já a saudade e emocionados oravam a Deus. "Reverendo Abel Amaral Camargo - O Estandarte - 31 de Maio de 1971".UM ACONTECIMENTO MARCANTE.
A CONSTRUÇÃO DO GRANDE TEMPLO DA
PRIMEIRA IGREJA
DE ASSIS
- Reverendo Azor Etz Rodrigues - meados de 1962.
Exatamente, como era o desejo da igreja e devido à urgência de mais espaço, em 29 de julho de 1962 oficializou-se o lançamento da pedra fundamental da construção do futuro templo, sob a direção dos Revs. Abel Amaral Camargo, recém chegado a Assis e Azor Etz Rodrigues, exatamente ao lado do atual, na esquina onde se encontrava o terceiro templo. Para isso foi preciso, com muita dor no coração, demolir o templo de muitas saudades e recordações.
O entusiasmo tomou conta da igreja novamente, e a construção foi avante com muita vibração. Devido à crise em que abalou o país com a troca de governo, a igreja sentiu a fragilidade de suas condições financeiras e foi forçada a interromper a obra. Depois de um ano de interrupção, já saneada as suas obrigações, voltou à tona para uma nova arrancada. Em outubro de 1968 as atividades se reiniciaram.
22 DE NOVEMBRO DE 1.970
A INAUGURAÇÃO
Tomaram assento no velho púlpito as seguintes pessoas: Rev. Azor Ets Rodrigues, Rev. Abel Amaral Camargo e presbíteros Josias Francisco de Paula, Octacilio Antônio de Andrade, Hotir Ribeiro de Melo, Jarbas de Almeida, Prof. Mário Amaral Novaes, Cecílio Luiz de Oliveira, Saulo Augusto da Silvae Ary Bernini - componentes do conselho - convidados: Revs. Milton dos Santos, Antonio Gouveia de Mendonça, Amadeu Grotti e Nilton Tuller. O programa constou de Hinos, corinhos, orações, leitura da Bíblia e mensagem pelo Rev. Azor Etz Rodrigues. Assim, entre emoções e expressões de júbilo o templo velho completou a sua história, servindo o Senhor durante quase 22 anos. Passou então a ser dependência da Escola Bíblica Dominical e local de festas de cunho religioso.
A festa mais importante foi à noite. Ansiosamente todos esperavam adentrar a Casa do Senhor. A hora estabelecida se aproximava. Quase vinte horas. Quatro quarteirões foram reservados para abrigar o povo e aqueles que vinham em conduções próprias. Todo o espaço em frente ao templo estava tomado. Milhares de pessoas presentes. Subindo a rampa principal do novo templo, o Rev. Abel Amaral Camargo, com microfone na mão, dá início aos trabalhos de Inauguração.
Após chamar a atenção dos ouvintes e dar explicações preliminares para a boa ordem dos trabalhos, orou a Deus e fez a leitura do Salmo de número vinte e quatro. Convidou o Rev. Azor Etz Rodrigues a cortar a fita verde-amarela que dava acesso à entrada do novo templo, e a seguir pediu à multidão que subisse a rampa cantando o hino de número trezentos e trinta e um dos Salmos e Hinos. Uma multidão compacta comprimia-se na rampa, subindo vagarosamente até atingir os degraus do Novo Templo.
Os mil e duzentos lugares foram poucos para a multidão e apenas duas mil e quinhentas pessoas puderam adentrar no santuário de Deus. Muitos assistiram do templo velho, outros pelos corredores e muitos voltaram sem poder apreciar o marcante acontecimento. Contudo, os que não puderam vir, ouviram o programa pelas ondas da Rádio Cultura de Assis.
Depois da ordem estabelecida e o silêncio para adoração, o pastor da Igreja deu início ao programa especial, assim estabelecido: Prelúdio - Largo de Haendell; Oração de invocação; Hino duzentos e cinqüenta e cinco, dos Salmos e hinos; Solo: Os Céus proclamam a Glória de Deus. De Beethoven; Coral da Igreja (nesta altura o pastor da igreja, reverendo Abel, transfere o privilégio e a honra da inauguração e consagração, ao reverendo Azor Etz Rodrigues, pastor jubilado e emérito da Igreja, e ambos comandam o programa, sendo a presidência da cerimônia dada ao pastor emérito), Comunicação Pastoral; Leitura responsiva do Salmo de número oitenta e quatro; Coral da mocidade; Introdução e Oração à Inauguração e Consagração; Coral da Igreja; Leitura Bíblica e sermão oficial pelo Reverendo Milton Santos, representante oficial do Presidente do Supremo Concílio da IPI do Brasil - mensagem baseada em Hebreus 4.12; Oração e Consagração; Coral da Igreja cantando Aleluia de Haendell; Saudações e o Hino "Obra Santa do Espírito", Bênção pelo Rev. Azor Etz Rodrigues e Bênção cantada pelo Coral da Igreja.
Tomaram assento no Púlpito: Revs. Abel Amaral Camargo, Azor Etz Rodrigues, Milton dos Santos, Antonio Gouveia de Mendonça, representantes da IPI do Brasil e da Mesa Administrativa; José Coelho Ferraz, secretário Executivo da Confederação Evangélica do Brasil e Pastor da IPI de Campinas; Palmiro Francisco de Andrade, Diretor do Instituto Bíblico de Arapongas, Antonio Mário Penha, Pastor da IPI de Tupã; Luthero Cintra Damião, Presidente do Sínodo Central, Vice Presidente do Presbitério de Assis e Pastor da IPI de Presidente Prudente; Onésimo Augusto Pereira, Pastor da IPI de Sorocaba; Josias Martins de Almeida, Pastor da IPI de Iepê e Rancharia; Atílio Fernandes, Pastor da IPI de Bauru, Nílton Tuller, Pastor das Segunda, Terceira e Quarta IPIs de Assis; Amadeu Grotti, Pastor jubilado do Presbitério Sul de São Paulo; Dr. Tuffi Jubran. Prefeito Municipal de Assis. Hotir Ribeiro de Melo, Presidente da Câmara Municipal de Assis; Capitão Célio Nabuco, Comandante do Trigésimo Sétimo BTM de Assis; Dr. Pedro Marques, Delegado de Ensino de Assis, Sr. Abílio Nogueira Duarte, Deputado Estadual por Assis; Sr. Rui Silva, Deputado Estadual por Assis representado pelo Dr. José Dantas; Dr. Arthur Luciano de Oliveira, engenheiro que assinou a planta do Templo; José Arruda Borrego, Norberto Ferreira, Luiz Camargo Pires, Nelson Marcondes, Almiro Binato, Ailar Mega, Dr. Pedro Paulo Ribeiro - todos Vereadores de Assis, e outras autoridades que não puderam se manifestar por causa da multidão que se comprimia dentro do recinto sagrado.
O momento culminante das festividades, foi a Oração de Consagração, quando os pastores e presbíteros no púlpito levantaram os braços em direção aos Céus, com os pastores da Igreja ajoelhados com as mãos estendidas, foi proferido a oração pelo Reverendo Azor Etz Rodrigues, pastor emérito da Igreja.
Diz um ditado que "“ O melhor mesmo é esperar pela festa “". Ansiosos esperávamos. Ela veio e se foi. Mas a festa prosseguiu. Uma semana de programações. Uma semana de agradecimento e louvor a Deus por tão grande Bênção. Durante a semana pregaram os Revs. Palmiro Francisco de Andrade, João Rodrigues, Joaquim Correia Lacerda e o Prof. Mário Amaral Novaes. Tudo foi uma verdadeira e inesquecível bênção.
Podemos chamar esta parte de "Ecos do Trabalho" - Os jornais locais trouxeram artigos de fogo sobre os acontecimentos na Primeira Igreja Presbiteriana Independente de Assis, artigos também da pena do Reverendo Azor Etz Rodrigues se gravaram nos jornais "O Estado de São Paulo" e "Folha de São Paulo".
A Câmara Municipal de Assis aprovou a Moção 46-70, enviando votos de regozijo pelo acontecimento. O Deputado Rui Silva discursou na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, fazendo um histórico de nossa igreja em Assis e num dos parágrafos diz: “O segundo assunto que me trás à tribuna hoje, Senhor Presidente e Srs. Deputados é uma homenagem que devo prestar aos evangélicos de minha terra, que numa demonstração exemplar de esforço, trabalho, união, desprendimento e, principalmente, dando uma prova de quanto pode a determinação e a Fé em DEUS, erigiram um dos maiores Templos Evangélicos do Estado de São Paulo..."
"O que aconteceu em Assis foi um verdadeiro milagre. Deus está realmente conosco. Aleluia! O novo templo está concluído. Nossa dívida é muito pouco, Graças a Deus. Os recursos despendidos foram todos levantados entre os crentes da Igreja local. É uma igreja abençoada. Deus tem muito para nos dar. Gostaria de prestar minha homenagem muito particular aos membros do Conselho desde o ano de 1962 que iniciaram a luta conosco. Uns tiveram o seu tempo vencido e não voltaram mais ao presbiterado; outros foram reeleitos e outros eleitos. Eis as colunas que nos ajudaram durante esses anos: Angelino Ermínio Cares, Gerson Franco da Silva, Orlando fogaça de Almeida, João Gonçalves dos Reis, João de Carvalho, Samuel Franco, Cecílio Luiz de Oliveira, Ary Bernini, Jarbas de Almeida, Prof. Mário Amaral Novaes, Saulo Augusto da Silva, Luiz Camilo da Costa, Octacilio Antonio de Andrade, Hotir Ribeiro de Melo e Josias Francisco de Paula. A todos os membros e amigos que nos ajudaram. À igreja toda, minha gratidão. Atodos quantos nos fortaleceram, o meu abraço. A obra está feita e quem fez foi a Igreja. “Grandes coisas fez o Senhor por nós, e por isso estamos alegres." Cumprimos o nosso dever. Glória a Jesus".
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